História da Puma
A Puma é, hoje em dia, uma das maiores marcas de itens esportivos do mundo, é considerada uma “empresa-irmã” da Adidas e possui uma estética característica própria e única.
Inovação é uma palavra que faz parte da Puma desde os seus primórdios. Seu primeiro produto foi uma chuteira e foi bem recebida com grande demanda inclusive de jogadores de futebol famosos. A chuteira logo se tornou o principal produto da marca, que se expandiu para outras áreas no nicho do esporte. Desenvolvendo tecnologias para diminuir o impacto e melhorar a performance com os calçados da Puma e expandindo mundialmente os países de atuação, em 1980 a empresa já estava consolidada. Entretanto, a Puma passou por algumas mudanças administrativas e passou por uma crise em 1991.
O período crítico foi suficiente para deixar a Puma atrás das suas concorrentes Adidas e Nike. A crise passou com 3 anos, após uma empresa estadunidense adquirir 25% da marca, impulsionando a atuação da Puma nos Estados Unidos.
Neste post veremos como ela surgiu e, consequentemente, assumiu seu posto entre os gigantes da indústria esportiva.
Origem
A Puma é uma empresa alemã fundada em 1948 pelo empresário Rudolf Dassler, porém suas origens começam em 1920 quando Adolf Dassler ainda estava envolvido. Os irmãos Dassler resolveram criar uma empresa para produzir sapatos esportivos após a Primeira Guerra e em 1927 surgiu a “Fábrica de Sapatos dos Irmãos Dassler” em Herzogenaurach, Alemanha.
A empresa familiar cresceu e chegou a patrocinar um atleta olímpico reconhecido mas ficou abandonada quando a relação entre os irmãos se estremeceram. Rudolf Dassler criou a Ruda (junção das primeiras sílabas do seu nome), que posteriormente iria mudar para Puma, enquanto Adolf Dassler fundou a Adidas em 1949. Caso queira saber mais sobre a Adidas, recomendamos a visita neste post: Adidas.
Primeiros Passos
Na década de 50, a Puma conseguiu levar pela primeira vez, um atleta olímpico ao pódio nas Olimpíadas de Helsinki, o atleta Joseph Barthel.
Dois anos depois, no Japão, o novo recorde mundial dos 100 metros rasos foi batido com um atleta que usava equipamento Puma, o que aumentou ainda mais o reconhecimento da marca no mercado internacional.
Já na década de 60 e 70, a marca conseguiu seu ápice ao patrocinar o Pelé em sua conquista do tri mundial de futebol, sendo um dos atletas que usavam a marca alemã.
Na década de 80, outra lenda do futebol mundial, Diego Armando Maradona, utilizou a mesma marca para alcançar o estrelato com sua seleção.
Apesar de tudo, a partir da década de 90, a marca já não mais possuía relevância considerável fora da Alemanha, e se endividou profundamente.
Seus produtos eram vendidos em liquidações e a empresa estava à beira da falência.
Até que em 1993 Jochen Zeitz, um jovem de 30 anos egresso da área de marketing, assumiu o comando da empresa. A Puma estava no vermelho havia sete anos. Naquele momento, as dívidas já somavam mais de US $100 milhões de dólares.
O jovem executivo cortou despesas e pessoal, fechou fábricas na Alemanha, terceirizou a produção para empresas na Ásia, negociou com os credores e, já no ano seguinte, conseguiu trazer a empresa de volta ao lucro.
Após isso, em 1997, com a empresa já estabelecida, decidiu que era necessário que fizesse um reposicionamento de marca, e um re-branding da empresa, buscando mais engajamento com os consumidores e acionistas. Caso não saiba, veja aqui qual é a importância do Branding.
Estratégias de Branding
Desde a repaginação visual que a marca passou, a Puma tem feito ações e produtos para atender aos interesses desse consumidor, o que começa pelas ferramentas de comunicação, obrigando a marca a estar presente em uma variedade de meios e eventos, de festivais de música a eventos relacionados ao universo da moda e dos games.
Parcerias
Ao invés de procurar influencers e famosos mais “engajantes” com o público, a empresa prefere patrocinar aqueles que possuem um estilo próprio que represente a marca, como Bruna Marquezine e Cara de’Lavigne.
A parceria com os influencers criada envolve total liberdade para o desenvolvimento de ações e/ou produtos que ganham a autenticidade e originalidade que o público espera. Dessa forma, o chamado Storytelling dá lugar ao Storydoing, trazendo o estilo do parceiro para a marca e ainda agregando uma modelagem e conceito ao mesmo tempo novos e desconstruídos. Dois exemplos bem evidentes são os das cantoras Selena Gomez e Rihanna.
Visual Novo
A partir da percepção de que as pessoas não somente usam produtos esportivos para o esporte em si, e sim para atividades do cotidiano, usando por exemplo, camisa de time para sair em um encontro do Tinder (como várias threads no Twitter vilanizaram).
Nesse sentido, a marca passou por uma renovação que busca o conforto e a praticidade do cotidiano, sem esquecer de suas raízes no esporte de alto nível.
Números Atuais
Atualmente, a Puma foi comprada pelo grupo Kering, que detém cerca de 85% das ações da empresa e se configura como a holding que detém a maior parte dos ativos da empresa.
A marca Puma possui cerca de 16.100 empregados, arrecadou 6,8 bilhões de euros em 2021 e possui um valor de mercado avaliado em 4 bilhões de dólares, segundo dados do site oficial.
Com parcerias com astros como Rihanna e Usain Bolt, a empresa vem crescendo novamente nos últimos anos, o que culmina em acabar por patrocinar a Série A italiana, um dos campeonatos mais valiosos do mundo.
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